A juventude é um tempo em que estamos particularmente
predispostos à alegria; à procura de diverção; abertos à novas experiências e
sensações. É um tempo em que é praticamente impossível ficar parado! Nos
envolvemos naturalmente em atividades agitadas que possam nos proporcionar
"felicidade", algum prazer, uma sensação de liberdade, de potência;
de juventude mesmo. Temos necessidade de certa dose de aventura, colocar para
fora toda a energia que temos armazenada em nós; e isso é muito bom. É sinal da
nossa juventude, vitalidade e saúde física e mental.
Como sabemos
os sentidos são como que portas que dão aceso à nossa alma; e justamente por
isso precisamos ter todo cuidado com aquilo que, de certa forma, permitimos que
passe através delas. O bombardeio de sons, palavras, imagens, sensações enfim,
nos fragiliza, nos deixa praticamente sem defesa; acaba por nos roubar do Bom,
e surge em nossa consciência uma cortina de fumaça, que dificulta a separação
do que é bom para nós, daquilo que não nos convém como cristãos, como filhos
amadíssimos de Deus. Desse modo, acabamos expondo nosso ser mais íntimo, a
nossa afetividade... e especialmente
imaginação, à contaminações e feridas que poderiam muito bem ser evitadas se
soubéssemos nos preservar, se ficássemos mais atentos ao que
"engolimos" através dos nossos sentidos.
Selecionar
nossos divertimentos de modo algum nos fará "menos jovens"; mas
certamente nos tornará mais responsáveis por nós mesmos e pelas nossas
escolhas, jovens maduros, que sabem do valor inestimável que têm e por isso
zelam por si mesmos e pelos outros. Não é, de modo algum, impossível ser jovem,
ser alegre e se divertir (e muito!) de maneira saudável; sem abrir espaço ao
pecado e à contaminação pela via dos sentidos.
Como jovens
cristãos precisamos, sim, nos divertir. Mais ainda, precisamos ser alegres; mas
acima de tudo, temos em nosso coração uma necessidade profunda de nos preservar
daquilo que nos afasta do Amor, o
sentido da nossa existência. Cuidar da nossa pureza, do nosso modo de agir, de
vestir e de nos comportar; lutar pela pureza do nosso olhar, no nosso modo de
dançar; nos nossos relacionamentos; selecionar as músicas que ouvimos; os
lugares que freqüentamos; os filmes e programas que assistimos, nos recusando a
ver espetáculos degradantes... Tudo isso reflete a profunda gratidão do nosso
coração à Deus que nos ama e nos fez de modo tão maravilhoso!
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