Através da ação missionária da
Igreja, Deus vai ao encontro do homem, onde quer que ele esteja; é o Bom Pastor
que vai buscar a ovelha perdida e se alegra ao encontrá-la (cfr. Lc 15,3-7).
Nos Evangelhos podemos ver vários exemplos desta preocupação que o Senhor tem
em encontrar o homem: “Ao passar, Jesus viu sentado na coletoria de impostos um
homem que se chamava Mateus. Disse-lhe: “Segue-me”. Ele se levantou e o seguiu”
(Mt 9,9); “Viu dois barcos que se achavam à beira do lago; os pescadores que
haviam desembarcado lavavam as suas redes. Ele subiu a umas das barcas, que
pertencia a Simão” (Lc 5,2-3); “Quando Jesus chegou a esse lugar, levantando os
olhos, disse-lhe: “Zaqueu, desce depressa: hoje preciso ficar na tua casa” (Lc
19,5). Teríamos várias outras citações nas quais vemos Jesus indo ao encontro,
se doando e amando afetiva e efetivamente o homem pecador.
Com este mandato missionário:
“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16,15), o
Senhor nos endereça ao mundo inteiro e a cada homem, e nos autoriza a penetrar
em todos os lugares, sobretudo naqueles espaços onde o Seu nome não é muito
conhecido. Para cumprir fielmente este mandato do Senhor, precisamos encontrar
o homem de hoje lá onde ele se encontra e o devemos fazer de forma criativa e
eficaz. Devemos, portanto, rever os nossos métodos e utilizar os meios mais
eficientes para fazer chegar ao homem moderno a mensagem cristã.
Os meios de comunicação e o
mundo digital são, dessa forma, uma nova terra de missão e representam, ao
mesmo tempo, excelentes ocasiões de anúncio e diálogo para ajudar o homem de
hoje a descobrir o rosto de Cristo e para mostrar às “ovelhas perdidas” e aos
“filhos pródigos”, que Deus está perto e deseja encontrá-los nos lugares,
momentos e atividades habituais do seu dia-a-dia. Devemos levar o nome de
Cristo, o rosto de Cristo, a presença de Cristo aos homens e mulheres, jovens e
crianças que usam os meios de comunicação em busca de companhia ou como uma
forma de fuga de si mesmo; devemos pensar naqueles que não creem, que perderam
a esperança, mas que trazem no coração o desejo do absoluto e de verdades que
não passam. Todos eles “têm o direito de conhecer as riquezas do mistério de
Cristo. Nestas, acreditamos que toda a humanidade pode encontrar, numa plenitude
inimaginável, tudo aquilo que ela procura às apalpadelas a respeito de Deus, do
homem, do seu destino, da vida e da morte e da verdade” (EN 53).
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por Josefa Alves Missionária da Comunidade de Vida Shalom
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